Manifesto em defesa da vida: Dário, é necessário lockdown total já, com garantia de renda e vacinação para todos!
EM DEFESA DA VIDA: DÁRIO, É
NECESSÁRIO LOCKDOWN TOTAL JÁ! COM RENDA E GARANTIA DE EMPREGO!
O Brasil é hoje
o epicentro da pandemia mundial. Contabilizamos mais de 10% das mortes por
COVID e 30% dos novos casos de contágio no mundo, sendo que temos apenas 2,5%
da população mundial! A pandemia está completamente fora de controle. A cada
dia batemos recordes de mortes, podendo atingir a trágica marca de 5.000 mortes
diárias no próximo mês.
Campinas,
infelizmente, avança no mesmo ritmo nacional. Em 7 de janeiro, atingimos a
triste marca de 1.500 mortes. Dois meses e meio depois, em 19 de março, já eram
2095 mortes; e a semana passada foi a mais mortal, quando atingimos 2255 mortes
na cidade.
Centenas de
milhares de famílias sofrem a perda de entes queridos, e outras famílias
batalham por um leito de UTI, pois o sistema de saúde da rede pública e
particular já estão em colapso, e não tarda a faltar insumos e medicamentos,
como já foi alertado pelos trabalhadores do HC da Unicamp.
Além disso
pequenos comerciantes vão à falência um após o outro, pois precisam fechar seus
estabelecimentos sem nenhuma proteção dos governos, jogando também os
trabalhadores locais no desemprego. Os profissionais da saúde são contaminados
aos montes, sofrem com a exaustão e estresse elevados. Nas periferias não chega
emprego, nem auxílio, somente repressão.
Campinas tem
108 mil desempregados oficialmente, sem considerar os desalentados e os que
estão na informalidade. Com a disparada no preço dos alimentos, gás e gasolina
a vida dos mais pobres tem sido uma cruel escolha entre o contágio ou a fome.
Mesmo sendo uma das cidades mais ricas do país, a mortalidade aqui é de 185,78
mortos por 100mil habitantes, maior que a média nacional, 146,8 por 100 mil
habitantes.
O que nos fez
chegar a esse trágico e caótico cenário não foi mero acaso do destino ou
vontade divina: foi a política deliberada dos governantes e capitalistas, que
escolheram manter os lucros das grandes empresas e bancos, mesmo que às custas
das vidas da classe trabalhadora e do povo pobre.
O sistema
capitalista não permite que se utilize os recursos disponíveis para salvar
vidas e empregos. Manter e aumentar os lucros vem em primeiro lugar. Vivemos em
uma situação dramática e excepcional, por isso, as medidas devem ser enérgicas.
Os governos Bolsonaro, Doria e
Dário são responsáveis por essa situação!
Bolsonaro
aplicou uma estratégia governamental genocida: Boicotou as medidas de prevenção
e o isolamento social, subestimou e fez deboche da doença e das mortes. Assistiu
ao colapso do sistema de saúde sem tomar qualquer providência, levando ao assassinato
de doentes pela falta de oxigênio em Manaus, realidade que pode se repetir nos
demais estados do país. E para piorar, atrasou propositalmente a compra de
vacinas, apostando na falsa imunidade de rebanho. Todos esses elementos
potencializaram a difusão da doença, e inclusive o surgimento de novas variantes,
que resulta da reprodução descontrolada do vírus.
A política
consciente de deixar o vírus se disseminar está a serviço do projeto de
superexploração da classe. A crise sanitária e o caos social, foram uma
“oportunidade” para Bolsonaro passar a boiada sobre nossos direitos: destruição
dos empregos formais com direitos, reforma administrativa, congelamento do
salário dos servidores, sucateamento dos serviços públicos, privatizações da
Petrobrás, Correios, várias estatais e a destruição da Amazônia. Medidas que
são apoiadas por governadores e prefeitos, muitos dos quais preparam as
reformas agora em nível estadual e municipal.
Mesmo os
governos estaduais e municipais, que muitas vezes se apresentam como críticos a
postura de Bolsonaro, como Dário Saadi e Doria, são cúmplices desse verdadeiro
genocídio dos trabalhadores e do povo pobre!
Nem Dário nem
Doria, na prática, tiveram uma política consequente de lockdown, são covardes e
não enfrentam Bolsonaro de verdade. Doria, por exemplo, só pensa nas próximas
eleições. Dário Saadi, na prática não tem uma política municipal tão diferente
de Bolsonaro. Aqui em Campinas, como no restante do país, as fábricas continuaram
funcionando desde o início da pandemia. Os trabalhadores são obrigados a se
amontoar nos ônibus superlotados, onde há maior risco de contágio. No entanto,
os horários de ônibus ao invés de aumentarem, foram reduzidos na pandemia,
gerando maior aglomeração. A prefeitura nada fez porque é subserviente à máfia
dos transportes.
Assim, aos
mais pobres é negado o direito de proteger suas vidas! Sem garantia de renda
digna, os informais e pequenos comerciantes não poderão ficar em quarentena. Não
é à toa que a mortalidade nos bairros periféricos de Campinas é maior que nos
bairros ricos. O discurso de Dário em defesa do lockdown é pura balela, enquanto
medidas que deem condições econômicas e sociais para o lockdown não sejam
tomadas.
Morrer de fome ou de COVID não
é uma escolha, é uma sentença dos governantes para garantir os lucros!
No Fórum da
Sociedade de Medicina e Cirurgia de Campinas, realizado em 18 de março, Dário
deixou bem claro sua opção de para quem governar. Ele afirmou que "Eu
penso nos empresários, no setor produtivo, que está sofrendo muito". No
dia seguinte, em reunião com as demais prefeituras da região, afrouxou o
discurso de lockdown e deu a péssima desculpa de que o lockdown total não é
possível porque afeta a circulação de trabalhadores e trabalhadoras da saúde.
Esses
hipócritas dizem que a “economia não pode parar” e difundem a falsa ideologia
entre “economia x empregos” vendem a ideia da inevitabilidade das mortes, mas
isso não é verdade!
Campinas é uma
cidade rica e poderia garantir renda para os necessitados complementando o
pífio auxílio emergencial e expansão do sistema de saúde. Mas a prefeitura
prioriza o privilégio dos grandes empresários. Em 2020, a cidade deixou de arrecadar
155 milhões em isenções e em 2021, em plena pandemia, esse valor já aumentou
para 184,5 milhões!
Segundo
levantamento da CIESP, 61,9% das empresas da região de Campinas preveem melhora
nos negócios este ano mesmo com o agravamento da pandemia. Se em 2020 muitas
empresas tiveram queda nos lucros, outras, principalmente as multinacionais do
ramo do e-commerce, tecnologia, alimentos etc., tiveram altos lucros. A queda
da balança comercial das empresas em comparação com ano anterior foi de 7,3%;
algo muito inferior às perdas que a classe trabalhadora sofreu. Mesmo com o
insuficiente auxílio emergencial, 46% das famílias e 92% dos trabalhadores
informais tiveram uma queda brusca na sua renda. E ainda amargaram a alta
inflação dos combustíveis, gás, energia e alimentos.
Além disso, Dário
e o Secretário de Ensino mantêm a pressão pelo retorno às aulas, e obrigam
funcionários a fazerem expedientes semipresenciais. Ainda que pressionado pelo
aumento dos casos de COVID nas escolas, o início das aulas tenha sido
prorrogado para 11 de abril, eles não desistiram de retomar o funcionamento das
escolas. No Estado a situação de contágio entre os profissionais de educação é
lamentável e comprova que as aulas só poderiam retornar com a vacinação de toda
a comunidade escolar. Segundo levantamento da APEOESP, desde o retorno às aulas
presenciais, já ocorreram 2.339 casos de contágio no estado. Desses, 59 foram a
óbito. Em Campinas, professores e uma estudante morreram de COVID 19.
Um programa emergencial para
combater a catástrofe sanitária e social:
A classe
trabalhadora não precisaria ser submetida a uma escolha tão desumana: entre o
emprego ou a vida. É possível garantir renda digna aos desempregados e
informais, e garantir estabilidade no emprego, redução da jornada de trabalho
sem redução de salários.
Basta tirar
dos ricos e bilionários! Se a Prefeitura parar de pagar a falsa dívida pública,
que consumiu 84 milhões em 2020, taxar as remessas de lucros das multinacionais
e as grandes fortunas; se não cumprir a lei de responsabilidade fiscal e cobrar
as dívidas das grandes empresas com o município, é possível pagar um auxílio
emergencial no valor de um salário mínimo para todos os desempregados e
trabalhadores informais, e dar subsídio aos pequenos comerciantes.
É preciso cobrar
essa conta dos grandes empresários que tanto lucraram, acabar imediatamente com
a renúncia fiscal, estatizar as empresas que demitirem e garantir estabilidade
no emprego, ao invés de redução de jornada e de direitos, como fizeram
Bolsonaro e Guedes!
É necessário
exigir que dobrem as linhas de transporte público para garantir a segurança dos
passageiros. E se os grandes empresários do transporte se recusarem a garantir
o aumento das linhas, a Prefeitura deve romper o contrato e municipalizar o
transporte!
Lockdown com vacinação em
massa e garantia de renda:
A única saída
para controlar a pandemia é a vacinação acompanhada de um lockdown pra valer, pois
a vacinação só será efetiva para conter o vírus se for combinada com a paralisação
de todos os setores não essenciais e garantia de renda e emprego.
E para ter
vacina em massa é preciso quebrar as patentes já e reconverter a produção das
empresas para vacinas, insumos e produtos de primeira necessidade.
Só assim será
possível evitar uma catástrofe ainda maior nos próximos meses! Se os governos
nos jogam para o abate e nos condenam à miséria, é necessário que os de baixo se
auto organizem e salvem suas vidas! É necessário construir uma greve sanitária e
lutar por renda digna e emprego.
PARA DEFENDER A VIDA É PRECISO
BOTAR PRA FORA JÁ BOLSONARO, MOURÃO E TODA SUA CORJA!
BASTA DE DÁRIO EM CAMPINAS E DORIA
EM SÃO PAULO! CHEGA DAQUELES QUE GOVERNAM PARA OS RICOS!
CONSTRUIR UMA ALTERNATIVA
SOCIALISTA DOS TRABALHADORES PARA COLOCAR EM PRÁTICA UM PROGRAMA EMERGENCIAL
CONTRA A PANDEMIA:
·
LOCKDOWN PRA VALER COM GARANTIA DE RENDA E
EMPREGO!
·
VACINA PARA TODOS! QUEBRAR A PATENTE DAS
VACINAS!
·
AUXÍLIO EMERGENCIAL DE UM SALÁRIO MÍNIMO E
SUBSÍDIO AOS PEQUENOS NEGÓCIOS!
·
NADA DE RETIRADA DE DIREITOS E PRECARIZAÇÃO DOS
SERVIÇOS PÚBLICOS!
·
PARA PAGAR UM AUXÍLIO EMERGENCIAL JUSTO BASTA
TIRAR DOS GRANDES RICOS: PARAR DE PAGAR A DÍVIDA PÚBLICA, TAXAR AS GRANDES
FORTUNAS E IMPOSTOS PROGRESSIVOS SOBRE O LUCRO DOS GRANDES EMPRESÁRIOS E
BANQUEIROS!
·
RETORNO ÀS AULAS PRESENCIAIS SÓ COM A POPULAÇÃO
VACINADA!
·
CONGELAMENTO DOS PREÇOS DOS ALIMENTOS, GÁS DE
COZINHA E COMBUSTÍVEIS!
·
REDUZIR A JORNADA DE TRABALHO SEM REDUÇÃO
SALARIAL. NENHUM DIREITO A MENOS!
·
CONTRA AS PRIVATIZAÇÕES! PETROBRÁS, CORREIOS,
ELETROBRÁS 100% ESTATAIS PARA GARANTIR COMBUSTÍVEIS, GÁS, LUZ E ENTREGAS
ACESSÍVEIS AOS TRABALHADORES!
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