Todo apoio ao radialista Jerry de Oliveira!


O comunicador foi ameaçado de morte no início de setembro em razão de sua atuação na Rádio Noroeste, rádio comunitária localizada em Campinas-SP

Se por um lado as ameaças autoritárias de Bolsonaro não resultaram em uma tentativa de golpe até o momento, por outro lado aumenta a violência de seus seguidores contra os movimentos e lutadores. Quilombolas, indígenas e movimentos de luta no campo são alvos constantes de ataques contra suas lutas e suas vidas.

No dia 9 de setembro o mesmo aconteceu na cidade de Campinas-SP, desta vez contra o radialista Jerry de Oliveira. Conhecido por sua atuação na Rádio Noroeste, de onde tem combatido os retrocessos impostos pelos governos à classe trabalhadora, já sofreu ataques por diversas vezes nos últimos anos.

Porém desta vez foi uma ameaça de morte: Jerry participava da divulgação de um ato contra o fechamento do período noturno da Escola Estadual Reverendo José Carlos Nogueira, quando foi abordado por um morador do bairro que exigia o fim da divulgação. O radialista seguiu fazendo sua atividade e, minutos depois, teve o veículo fechado por um outro, do qual saiu um homem com arma em punho dizendo que iria matá-lo. Felizmente Jerry conseguiu fugir.

Houve também dificuldade ao acionar a polícia e exigir as medidas cabíveis, o que o motivou a entrar em contato com a Ouvidoria da Polícia do Estado de São Paulo. Ainda assim segue havendo ameaças. Os partidos, as centrais, os sindicatos e movimentos estão se organizando na defesa do companheiro, o que é muito importante para buscar garantir sua integridade física e sua vida.

Nós do PSTU nos solidarizamos com o companheiro Jerry de Oliveira e nos somamos à Rádio Noroeste e demais movimentos na exigência ao Governo do Estado que avance na investigação deste ato criminoso que atenta contra a liberdade de expressão, bem como que puna o(s) autor(es) das ameaças.

A necessidade da autodefesa

Ao mesmo tempo defendemos que a classe trabalhadora precisa retomar a tradição da autodefesa. Se é verdade que hoje as ameaças bolsonaristas estão mais em alta, isso não significa que a repressão do Estado contra as lutas, através das polícias e do Judiciário, tenha deixado de existir.

Não podemos ser pacifistas, é preciso compreendermos que a guerra social contra o povo pobre e trabalhador se acirra a cada dia. E também não podemos ser eleitoralistas, achando que tudo se resolve por dentro das eleições e das instituições, quando na verdade a força da mobilização da nossa classe, através dos métodos das greves e das grandes manifestações nas ruas, é que pode definir os rumos do país ao nosso favor.

Por isso fazemos um chamado aos demais partidos que se colocam na defesa da classe trabalhadora, bem como às centrais, sindicatos e movimentos, para iniciar de maneira pública, organizada e sistemática a autodefesa do movimento. A burguesia nunca esteve de brincadeira e a ultradireita veio pra ficar; sem autodefesa não há como vencer.

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